Relação entre mulher e corpo
Vivemos num mundo em que o corpo está super valorizado, na qual há uma obsessão pela figura perfeita. Na atualidade, o físico é visto como um objeto a ser trabalhado, aperfeiçoado, em particular no que refere às mulheres, apesar de essa situação estar mudando.
Tudo isso torna o relacionamento das mulheres com seus corpos um tanto complicada, já que, no fundo, todas procuramos seguir os estereótipos que os meios de comunicação impõem. Isso pode, inclusive, desencadear distúrbios de alimentação, adicção ao exercício, entre outros.
Apesar de essa problemática estar mais ligada à atual sociedade de consumo, o relacionamento das mulheres com seus corpos não tem sido fácil desde tempos remotos. Nossa figura física foi, por muito tempo, malvista e desvalorizada.
Na antiguidade, não só havia uma excisão da alma e o corpo; a primeira era vista como fonte de ideias e valores, enquanto o último representava um mero depositário das paixões, como algo digno de negação e rejeição, um sinônimo de pecado. Um motivo para esse modo de pensar era a associação do corpo à sexualidade.
Hoje sabemos que o corpo manifesta aspectos do ser humano que vão muito além da sexualidade, e que, a o mesmo tempo, a sexualidade tem outra quantidade de vias de expressão.
A mulher já não representa, como antigamente, o pecado e a luxúria, ou pelo menos isso não parece tão evidente na sociedade ocidental. Entretanto, ainda podemos observar claras diferenças entre os homens e as mulheres, já que continuamos vivendo numa sociedade patriarcal.
Em culturas como a nossa – e mais ainda em culturas orientais – o corpo feminino pode inspirar ora os maiores ódios, ora sua veneração. O que devemos, desde nossa condição de mulheres, é procurar derrubar essa série de estereótipos e preconceitos, o que – sabemos – não é uma tarefa fácil. Porém, isso não impediu a revolução que houve e ainda há na luta por nossos direitos.